Banda Irmã Talitha

2010. Ano meio maluco, com copa do mundo, eleições presidenciais, grandes shows internacionais, alguns avisos que o fim do mundo está próximo (ou pelo menos é o que dizem sobre os terremotos e tsunamis cada vez mais próximos de casa), população meio confusa, sem saber a quem recorrer enquanto a polícia espanca seus filhos até a morte em frente as suas casas ou enquanto pais arremessam seus filhos janela abaixo. E em meio a tudo isso está a Irmã Talitha. A banda vem desde 2005 sofrendo. Sofrendo mudanças. A começar pelo fato de esta atual já não ser sua primeira formação. Seus integrantes também não estão ficando nada mais novos e sofrem com o passar dos anos. Sua forma de compor, seus timbres , suas preferências também já não são mais as mesmas, sofrem com toda a influência dos novos sons antigos que se ouve a cada novo(?) dia. É até um sofrimento ameno comparado aos tormentos da alma humana. Sua eterna insatisfação, seu caráter vil, suas explosões de inveja, ciúmes, ira, depressão. Sua falta de aceitação. Não da aceitação de sua condição, mas de seu ser. Também é ameno esse sofrer quando comparado a situação em que o ser humano se meteu. Diz que vive, na ganância de ter, de conquistar, de possuir. Tenta em vão ocupar o vazio que tem dentro de si, a lacuna que lhe causa lágrimas e que nenhum carro esportivo ou televisão de plasma ou apartamento a beira mar jamais conseguirão preencher. Se mata de trabalhar durante a semana e no domingo descansa, sem perceber que o faz apenas para trabalhar de novo. Pra bancar aquisições que o tornarão posse de suas posses. Procura nas outras pessoas o motivo do riso fácil que gostaria de ter estampado na face o tempo todo, em uma busca que só faz causar dor ao outro. Usa de sua dita inteligência para sua própria destruição. Constrói tetos feitos de chão, sem pensar que quando este acabar, seu teto voltará a ser chão, e que desta vez estará embaixo dele. Pisa sobre sua própria dignidade, cospe em sua própria face, come de suas próprias fezes. Uma podridão tão grande que nos empurra a continuar. Inspira letras. Aumenta a raiva. Atiça o inferno que cada um carrega dentro de si. Da mesma forma agressiva e ácida de antes, na esperança de fazer alguma diferença ou pelo menos aliviar a dor.
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Para conhecer mais sobre a banda confira nos links abaixo:


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